Sem.eia palavra: o tempo já perdeu seu efeito

Hoje eu começo uma nova categoria aqui no Fique Rosa que eu gentilmente irei chamar de Sem.eia palavra. Ainda não sei de quanto em quanto tempo ela irá aparecer por aqui, mas garanto que sempre que puder (e tiver inspirada) vocês a verão lerão.

Sou aquele tipo de pessoa completamente apaixonada pelas palavras, não aquelas faladas, muitas vezes jogadas ao vento. Mas aquelas escritas, que você põe num papel pra desabafar, passar o tempo, deixar registrado...enfim, escrever sempre foi uma terapia para mim.

Quando leio um texto do qual me identifico, é como se eu me transformasse naquelas palavras, me dissolvesse em cada letra.  Por isso acredito que, assim como eu, muitas pessoas também procuram consolo, inspiração e poesia nos textos. Eles tem o poder de mexer com a gente, tocar fundo a alma e, eu espero de coração, que os meus possam servir de inspiração para quem acompanha o Blog.

Enfim, chega de blá, blá, blá e vamos ao que interessa. Se gostou desse texto, me diga ali nos comentários pra eu continuar escrevendo e compartilhando aqui. É sempre muito bom receber elogios. Ahhh, e por favor, caso queira pegar o texto ou parte dele para publicar em algum outro lugar, não se esqueça de me avisar e colocar o devido crédito.

Agora sim. Boa leitura :)

O tempo já perdeu seu efeito.

E eu pensei que nunca mais te veria novamente. Pensei que quando ouvisse seu nome, não haveria lembranças. Pensei naquela velha frase, de que o tempo cura tudo. Mas pensando, descobri que não cura. O tempo não cura tudo, e isso foi você quem me mostrou. Você mostrou sem querer, sem perceber. O tempo é o melhor remédio, mas às vezes, nem pode ser considerado um, porque de tanto você usar, já não faz mais a menor diferença, perde o efeito.

Fico me perguntando então, qual é o remédio? Será que nunca vai ter cura?

Já nem sei mais do que estou tentando me curar. Se é de você ou de mim mesma. Se é da falta que você faz ou da falta que eu deixei que você fizesse. Tem um lugarzinho aqui que sempre estará vago pra você e, quando você vai embora, das inúmeras vezes que já foi, ele fica ali, quietinho, ninguém consegue preenche-lo. Mas quando você volta, é como se ele quisesse desesperadamente mostrar que está ali, ele quer ser notado por você, quer ser preenchido.

Eu quero ser completa, quero que você devolva esse pedacinho que roubou de mim. Tá fazendo falta, sabia? Tá doendo, e a dor faz com que eu me lembre dos curativos que eu coloquei, tentativas fracassadas de remendar o que não tem remendo.

Pode ser daqui um mês ou um ano, pode ser daqui há muitos anos, mas um dia, você vai tentar preencher o vazio de um outro alguém, daí você vai olhar pros lados, vai procurar nos bolsos e vai encontrar o meu pedaço, aquele roubado há tanto tempo. Vai perceber que não adianta encaixar uma peça no lugar errado, ela não vai entrar, porque ela pertence a outra pessoa. Ela pertence a mim.

Nunca te desejei nenhum mal, aliás, minha vontade sempre foi te ver feliz. Mas lamento informar que, enquanto a peça estiver com você, vai faltar pra nós dois. Estou cansada de lutar por ela, exausta demais para iniciar mais uma tentativa de busca frustrada.

Não me remendo. Me rendo. Vou seguir com a ferida aberta mesmo, com o vazio escancarado no peito. Tem tanta gente que vive com algo faltando, não é mesmo?!

Não te culpo, não se culpe. Nada acontece por acaso. Algum dia, o mesmo tempo que deixou de fazer efeito, vai ser o responsável por nos mostrar que tudo tinha um motivo. - Renata Giannini

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Beijos,