Resenha: Lolita - Vladimir Nabokov

Oi genteee :) 

Como vai a segunda depressão e culpa pós Páscoa? Rs.

Mostrei no SNAP (regiannini) há algumas semana atrás que ia começar a ler o clássico Lolita, do Vladimir Nabokov. Na verdade, fiquei enrolando pra ler porque o livro estava em pdf, portanto teria que lê-lo no computador e, pra mim, sempre foi muito mais interessante ter o livro em mãos e poder folhear as páginas, sentar em algum lugar confortável e tranquilo para poder devorar cada capítulo.

O fato é que, mesmo estando na tela de um computador, só consegui parar de ler o livro quando ele terminou rs. Essa é uma daquelas história que te prendem do início ao fim.

Bom, como muitas pessoas haviam perguntado a minha opinião sobre ele, resolvi fazer uma resenha bem completa. Espero que gostem ! :)

RESENHA:

Lolita é um romance publicado em 1955 (pois é, beeeeem antigo!) em Paris pelo escritor russo Vladimir Nobokov. O livro está incluído na lista dos 100 melhores romances em língua inglesa da revista TIME que têm sido publicados de 1923 à 2005. E também é o quarto na lista de 1998 da Modern Library dos 100 melhores romances do século XX, e segura um lugar naBokklubben World Library, uma coleção de 2002 dos mais célebres livros na história. Tá bom ou quer mais? 

PS: esse monte de informações aí de cima só foi possível graças a nossa querida Wikipédia HAHAHA! Esqueci de mencionar que o livro também virou uma adaptação para teatro e dois filmes, que eu pretendo assistir muito em breve.

Bom, mas vamos ao que interessa, Lolita é um livro extremamente discutido e controverso pois aborda um tema polêmico e que divide opiniões. A história gira em torno de uma obsessão doentia de um professor de literatura de 40 anos, Humbert Humbert, por uma criança de 12, Dolores Haze, a qual ele chamava carinhosamente de Lolita.

" Se o meu corpo sabia o que desejava, o meu espírito repelia todos os seus apelos. Num momento sentia-me envergonhado e assustado; no seguinte, temerariamente otimista. Os tabus estrangulavam-me."

Confesso que não é uma leitura fácil de se acompanhar, pois a escrita é bem antiga, com palavras e expressões que são pouco ou não são usadas nos dias de hoje. ainda mais no meu caso que li o livro em português de Portugal (só eu gente HAHAHA!). Mas a parte boa, é que pude aprender muitas palavras novas que não fazia ideia que existiam, fiz até um dicionário com elas, portanto se você pretende começar a ler este romance, me fala ali nos comentários que eu mando o dicionário pra ajudar na leitura rs.

Outro ponto bem característico do livro, é a maneira extremamente detalhista que o escritor narra alguns trechos, principalmente em relação à paisagens do território americano e canadense. Chega a ser um pouco cansativo o tanto de informações e detalhes desnecessários que ele coloca ali. Inclusive, tem um capítulo inteiro lá pela metade do livro onde ele só fala sobre isso. 

" O que me enlouquece é a dupla natureza desta ninfeta - de todas as ninfetas, talvez -, esta mistura, na minha Lolita, de uma terna infantilidade sonhadora e uma espécie de misteriosa vulgaridade, oriunda da graciosidade petulante dos retratos de anúncios e revistas..."

O que mais chama a atenção no livro, é o fato de que não se pode caracterizar Humbert Humbert como sendo um vilão. Há quem diga que ele é apenas uma vítima da história e das constantes provocações de Lolita, também é possível fazer outra interpretação e julga-lo como sendo um maníaco molestador de menores, que estragou para sempre a vida da pequena criança. O fato é que em algumas partes, tive raiva de Humbert, em outras, me vi completamente tomada pelos seus sentimentos mais intensos e, em outras ainda, tive pena dele.

Acredito que esse livro deva ser lido com a mente aberta e muita concentração, porque qualquer descuido você perderá o "fio da meada" e por quem realmente se interessou por essa temática e ficou curioso para acompanhar o desfecho dessa história que, aliás, é bem impactante e mostra como uma pessoa completamente entregue à uma paixão é capaz das maiores loucuras. 

" Eu te amei. Era um monstruoso pentápode, mas como te amava. Era desprezível, brutal, torpe – tudo isso e muito mais, mais je t’aimais, je t’aimai! E houve momentos em que sabia como você se sentia, e era um inferno sabê-lo, minha menina querida. Minha pequena Lolita, minha corajosa Dolly Schiller!"

> Se quiser saber mais, vale a pena dar uma pesquisada no Google por outras resenhas do livro, tentei ser imparcial para não influenciar a opinião de ninguém, mas tem muito material e opiniões distintas na net.

E aí, já tinha ouvido falar do livro? Quero saber sua opinião ali nos comentários...

Beijos,